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Coronavírus como medicina
- 15 de março de 2020
- Publicado por: admin
- Categoria: Artigos
Artigo publicado no LinkedIn em 15/03/2020
Ontem, em uma meditação sistêmica guiada por uma das minhas mentoras e mestras, Graciela Rozenthal, pude acessar uma compreensão muito interessante que eu gostaria de compartilhar. Não como a verdade, mas como uma perspectiva, uma das possibilidades de olhar.
Me parece que o coronavírus está a serviço de Gaia e a serviço da Humanidade, portanto, ao invés de causar dor, ele está a serviço de causar despertar e expansão, como uma medicina que está a serviço da cura.
O coronavírus não ataca ninguém. Ele está por aí, na vida; ele é o que é; e quem o pega para si, pega porque é o que está precisando em seu processo de vida. São pessoas que, no fundo, inconscientemente, estavam implorando por uma saída, por uma solução, por um caminho.
E o caminho possibilitado pelo coronavírus é a expansão do chakra cardíaco, a expansão da inteligência do coração que permite o acesso à aceitação incondicional, à aceitação de tudo e de todos, de que tudo é como é, tudo foi como foi, e que com amor e gratidão, podemos incluir tudo em nossa vida, inclusive as dores, as tragédias, as perdas.
Ao debilitar os pulmões, o coronavírus faz com que os contagiados se confrontem com sua tristeza. E esse confronto implica em olhar para a tristeza e para o que causou tristeza, vivenciando o luto de um outro lugar, de um outro nível de consciência, com a aceitação incondicional. E esse movimento leva à cura, cura do coração fechado, cura da tristeza, cura da não aceitação da vida como ela é, cura do não viver em fluxo. Claro, é um processo desafiador para nossa experiência terrena dual, claro que é; mas é também o caminho da nossa evolução!
E aí vocês podem se perguntar: mas e as pessoas que faleceram ao contrair o coronavírus? As pessoas que faleceram, estavam prestes a falecer, mas precisavam desse último movimento na vida; estavam ávidas, mesmo que inconscientemente, por esta oportunidade de abrir o coração e ampliar a consciência ANTES de fazerem sua passagem para o plano espiritual. Tiveram a oportunidade de dar esse último passo na vida, confrontando-se com suas dores, aceitando incondicionalmente tudo como foi, tudo o que passaram e sentiram, incorporando esse aprendizado e integrando-se aos seus destinos com amor e gratidão.
Essa é uma das perspectivas possíveis da dimensão espiritual da medicina coronavírus.
Indo agora para uma das perspectivas possíveis da dimensão material, entendo que precisamos tomar ações concretas em prol da saúde planetária. Mas por que, se o coronavírus é uma medicina? Sim, é uma medicina para quem precisa — acredito que somos todos — mas também para quem está pronto e disponível para a expansão do coração e do amor. Para quem insistir em se manter fechado, certamente será letal. Ou, ainda, para quem não esteja realmente preparado para fazer este movimento na vida. Contrair o vírus será um convite para esse movimento de autocura, será uma oportunidade, mas nem todos estarão prontos a ela, nem todos poderão perceber como oportunidade e nem todos vão aceitá-la, pois vão resistir à transformação, se apegando as dores e não permitindo a transmutação da tristeza em amor.
É uma medicina que será aplicada em grande parte dos habitantes de Gaia, porque é uma cura sistêmica que está sendo realizada em camadas na Terra, já há muito tempo. Agora, nesse momento de transição planetária, a cura está sendo acelerada e está emergindo do próprio sistema naturalmente.
No entanto, se a cura for aplicada em todo mundo ao mesmo tempo, corremos o risco do sistema colapsar. Não queremos que a Humanidade acabe, queremos que ela evolua. Mas não há crescimento sem dor, portanto, a medicina vem em forma de vírus e vai doer passar pelo processo de cura. É um grande processo de transformação; só que transformação implica em deixar morrer o que precisa morrer, para que o novo possa nascer.
Todos queremos transformação, queremos evolução; no entanto, para que possamos nos engajar nesse processo, saindo vivos e mais despertos, mais conscientes e com o amor ampliado, precisaremos nos apoiar com compaixão genuína. Sim, crescer dói, mas quando temos acolhimento, compreensão e relações de parceria que nos apoiem a viver todo o processo, podemos sair do outro lado melhores e fortalecidos. Esse apoio mútuo passará por nos reinventarmos na vida, aprendendo novas formas de trabalhar, socializar e evoluir.
Aqui entrará nossa autorresponsabilidade, procurando seguir as recomendações dos países que já passaram pelo ápice e conseguiram conter o contágio, além de sermos guiados por nossa consciência. Uma das grandes ações conscientes está ligada a contermos o crescimento exponencial do contágio, para que nem todos contraiam o vírus ao mesmo tempo, pois sabemos que não daremos conta de conceder o apoio prático, urgente e necessário para que os pacientes trabalhem sua autocura e também a cura objetiva ligada aos cuidados físicos e medicamentosos. Os sistemas de saúde não darão conta de atender os 20% das pessoas contagiadas que precisarão de assistência hospitalar.
Se não agirmos preventivamente, não daremos conta de apoiar a todos dignamente. Com a prevenção, poderemos distanciar os contágios para que haja assistência a todos ao longo do tempo, com mais espaçamento entre os casos. Poderemos passar pelo processo com mais tranquilidade e paz. Portanto, tudo o que tem sido sugerido me parece válido, como a melhoria e aumento da frequência da higienização das mãos e braços, a cobertura da boca com o braço ao tossir, o uso de máscaras quando em exposição extrema — especialmente em hospitais, aeroportos e aglomerações, o isolamento e cuidados domiciliares redobrados em casos de sintomas gripais, o isolamento social preventivo, independentemente de decisões governamentais, a prática de trabalhos e encontros virtuais, a postergação de viagens e encontros presenciais, novos jeitos de se cumprimentar.
Com essa consciência e vibrando na frequência do amor, seremos um elemento em fluxo, estaremos a favor desse processo evolutivo, emergente e natural, não seremos resistência, seremos consciência em ação, seremos a própria integração. É inevitável, então vamos juntos viver tudo isso com amor e gratidão?
Carolina Steiner, eterna buscadora da integração entre a espiritualidade e a materialidade; amante da vida e das relações; adora dialogar sobre suas profundezas reflexivas; consultora de desenvolvimento humano e organizacional, coach e terapeuta do Triângulo Sistêmico. Estudante de antroposofia, constelações sistêmicas, Teoria U e psicologia social pichoniana, entre outras coisas. Futura consteladora, se assim lhe for revelado.
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